sábado, 31 de outubro de 2009

Os contos de fadas são repletos de encantos, de príncipes, de perfeição. Começam invariavelmente com um “Era uma vez” e acabam também invariavelmente num final feliz.
Era uma vez…
... uma princesa que vivia num bonito castelo, sofreu uma terrível maldição da bruxa má. Quando completasse os 16 anos, espetaria o dedo no fuso de uma roca e cairia num sono eterno. A única forma de acordar era ser beijada por um príncipe. Um dia, um belo príncipe andava à caça na floresta e viu o castelo. Como não avistou ninguém, resolveu entrar. Encontrou a bela princesa, adormecida e logo se apaixonou. Ao beijá-la, ela acordou imediatamente. Foi quebrado o feitiço! E viveram felizes para sempre...

Era uma vez…
... uma Cinderela que um dia foi ao baile de um Palácio e o príncipe só dançou com ela. Ao bater a meia-noite, antes que terminasse o encanto, Cinderela foi embora. Ao correr, perdeu seu sapatinho de cristal. O príncipe, que se tinha apaixonado por Cinderela, para achá-la, mandou que provassem o sapatinho em todas as jovens do reino. Todas provaram, até as irmãs de Cinderela. Mas, quando Cinderela calçou o sapatinho e surpresa! Serviu, garantindo-lhe o amor da sua vida. E viveram felizes para sempre...

Na vida real, as histórias também começam por "Era uma vez", mas nem todas resultam num final feliz, tal como se sucede num conto de fadas.
Eu começo a achar que a cena com que mais me identifico nos contos de fada são os bruxedos (malignos). Não há sapatinho ou beijo que consiga desfazer o bruxedo de que fui vítima e surgir um final feliz para as minhas relações amorosas. É isso. Posso ser muito boa pessoa, uma querida, uma simpática, uma fofinha, uma atenciosa que a coisa corre para o enviesado. O problema sou eu? Não me parece. O problema é deles? Apesar de ter algum cepticismo a este respeito, prefiro acreditar que não. Que apenas me têm passado pelas mãos Misters Wrongs, porém alguns muito boas imitações do “the one”.
Mas os contos de fadas existem com um propósito: fazer com que não percamos a esperança. Valha-nos isto!


E hoje é o dia das bruxas. Medo. Muito medo.
E por falar em sonhos há um recorrente, mas que tem diminuído de frequência. Sonho com o meu pai, que faleceu há 4 anos. Sonho que afinal está vivo. Em quase todos aparece numa cadeira de rodas (sabe-se lá porquê, pois nunca o vi no real numa cadeira de rodas), com barba branquinha, a viver sózinho e sem um tostão. E fico peso na consciência e surgem episódios de lhe ir fazer uma visita, fazer-lhe uma comidinha, dar-lhe beijinhos e abracinhos e dinheiro. Há mesmo uns sonhos agoniantes em que acordo a chorar.
Acordada e da janela do apartamento onde me encontro (e que era dos meus avós), às vezes fico a avistar a casa onde viveu a maior parte da sua vida (e onde também vivi alguns) e a imaginar episódios do passado em que ele estava à varanda e trocávamos acenos de um "olá".

O mundo fantástico (?!) dos sonhos

Esta noite sonhei muito e com muita coisa diferente ao mesmo tempo. Não me recordo de tudo. Mas lembro-me de dois episódios.
Um deles era um gajo a telefonar-me a pedir piedosamente que lhe desse o contacto de uma esteticista. E eu dizia-lhe que agora não podia porque estava a dormir. E ele insitia e insitia. Onde é que a mente vai buscar esta cena? Será que é porque vi há dois dias no ginásio um gajo com uma daquelas camisas de cavas, com pêlo a mais, tipo Tony Ramos?
O outro episódio decorreu num bar. Vi lá um amigo que já não vejo há uma data de tempo. E quando me dirigia a ele, de repente desapareceu. E andei às voltas e voltas à procura dele no bar e nada. Onde é que o raio da mente foi buscar uma cenas destas? Hhmm...?

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Uma gaja entra numa loja de vestuário. Há aquelas funcionárias que nem sequer dão um “bom dia/boa tarde” com gosto. Não, é só porque faz parte do guião (se não é, parece). E deixam-nos ali abandonadas, praticamente ignoram-nos e demonstram que estão a marimbar-se se compramos ou não (se não é, parece). Acredito que desejem que a visita seja rápida, pois têm mais o que fazer (se não é, parece). E geralmente me dá ganas de sair porta fora. Mas actualmente prefiro optar por outra estratégia, caso não tenha mais o que fazer: demorar, perguntar tudo e mais alguma coisa, experimentar por experimentar só para contruibuir para a obrigação da funcionária em ser prestativa.
Porém, depois há outras que saúdam agradavelmente e logo a seguir nos dizem “Se precisar de ajuda…” e mesmo que responda “Obrigada, só estou a ver”, elas não largam. Não desistem. Perseguem-nos (se não é, parece). Pegamos numa peça e começam logo a dizer que é lindíssima, que é o que está na moda, que iria ficar muito bem e tal. E viramos para a esquerda, para a direita, damos voltas e estão sempre ali em cima de nós com os seus maravilhosos palpites. Às vezes só me apetece dizer “Sim, por acaso até preciso de ajuda. Preciso que me separe todas as peças com tamanho S ou XS, se tiver, 34’s e as coloque no provador que quero experimentar TODAS”.
Será que desconhecem a expressão "meio termo"? Se houver meio termo eu fico satisfeitinha da silva e não maço, nem faço pedidos loucos.

O frio ainda não chegou mas cheira a Outono


Quentes e boas. As castanhas. Se há coisa que eu gosto nesta estação é de ver nas ruas aqueles carrinhos assadores de castanhas e do cheirinho que emanam. E de comer uma dúzia de castanhas. Como hoje. Mas ainda não está frio. E para mim comer castanhas de manga curta não é a mesma coisa. Sabe melhor quando há cachecol, gorro ou luvas…

Admito

Ora bem, se por ter um vestido igual a este significa que comecei a gostar de animal print e tornei-me aderente a esta tendência de moda, então sim, admito.


Há coisas que me fazem um bem tremendo à alma. Acabo de chegar do concerto do grupo argentino La Camorra Tango Quintet realizado no espaço Jardim de Inverno da Casa-Museu Medeiros e Almeida. Bravo. Aliás, bravíssimo. E com boa companhia. E com direito a receber uma rosa vermelha à saída. Sim, a minha alma está outra.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Vamos escolher como a Leopoldina vai salvar os brinquedos!

Uma boa notícia. É o público quem vai escolher o filme da Leopoldina da campanha de Natal do Continente que irá para o ar em televisão a 5 de Novembro. Ora, iniciativa das boas. Mais marcas bem que podiam fazer o mesmo! Direito de preferência dos consumidores através da votação ao que nos vai aparecer à frente na TV!
No anúncio, a famosa Leopoldina e os seus amigos da Ordem das Asas precisam de chegar ao armazém dos brinquedos para salvar o Natal das crianças de todo o Mundo. O Dr. Big e o seu exército querem destruir os brinquedos, sem os quais, não haverá Natal.
Estão a votação 3 formas de a Leopoldina vencer os vilões e salvar os brinquedos:
A) atravessar uma parede de raios laser;
B) distrair o vilão através com a dança do moonwalk;
C) cair num abismo de lava e salvar-se saltando de pedra em pedra.

Buzzzzzz às crianças. Votar aqui.
Não vou a um estádio ver um jogo de futebol há alguns aninhos. Estou a combinar com uma amiga ir ao Estádio da Luz assistir a um dos jogos do Benfica que se aproximem. É que diz que agora é a loucura, que é um Benfica à Eusébio, que é a noite dos mágicos e que a Águia está em grande. Somos as duas benfiquistas, apesar de eu não ligar lá muito a futebol, nem me dar palpitações ou suores frios durante os jogos do Benfica. Quer dizer, ao ver o Javi Garcia com binóculos, é bem capaz do meu coração começar a palpitar… Já ela diz que sofre! Ora bem, pelas goleadas a que temos assistido, se o Sr. Jorge Jesus e os seus discípulos continuarem na onda de ganhar com massacres, eu vejo uma ida ao estádio também como uma oportunidade de exercitar os meus músculos. Então, imaginemos 8 golos em 90 minutos, são 8 vezes a levantar e saltitar! Portanto, pago para ver o jogo, mas o exercício físico é intenso e à borlix. Resultados destes são bem capazes de me fazer papar uma bifana numa daquelas rulotes sem qualquer peso na consciência. Portanto, além de ser preciso aguentar a pedalada emocional, é preciso estar preparada para a física. Porque a tendência parece ser esta. Vou ali ao ginásio e já volto…






quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Hoje tive uma aula chata. Que dá sono. Que aceno inteligentemente com a cabeça como se estivesse realmente atenta e interessada, e não a pensar no que iria fazer amanhã. Que desenho espirais no caderno, como se estivesse a tirar notas. E se a sala tivesse alguma centena de pessoas na audiência, eu era bem capaz de escapar lá para o fundo para pintar as unhas.

Lisboa

Há poucos dias, Lisboa saiu vencedora na edição Europa do World Travel Awards (prémios mais importantes do mundo na área do turismo). A capital portuguesa arrecadou os prémios, na categoria Europa, para Melhor Destino Europeu, Melhor Destino City Break e Melhor Destino Cruzeiros.
E esta, hein?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

E por falar em colectes reflectores, eu sou completamente a favor de ser obrigatório usá-lo quando há um acidente, uma avaria e tal. Mas o que eu discordo vivamente é o modelo e o tamanho do dito-cujo. Modelo completamente demodé. Tamanho gigante (para mim pelos menos é). Não tem nada a ver com o meu guarda-roupa. Nada. Não me ficam nada bem. Nada. Cabem 2 Miss R* lá dentro. Cabem. Que tal fazerem um modelo assim com um corte cintadinho, com tamanhos, como o XS ou simplesmente S, em vez do tamanho único? Hã? Pois que eu já tive de o usar na rua, com muita, muita gente à volta, não para questões que envolvam viação nem nada. Foi mesmo por motivos profissionais, durante simulacros. Muitos. Pânico, muito pânico, por ter que vestir aquela coisa ranhosa. Acho que até fiquei traumatizada. E se o colete já me fica pavoroso, imagine-se juntar a este um rádio de comunicações numa mão e um megafone na outra. Trio maravilha. Figurinha pra lá de péssima!


Mal a coisa começava, como eu desejava poder dizer alto e em bom som pelo megafone “Simulacro concluído. Podem voltar aos seus postos de trabalho” ou pelo rádio “Delta 0, Delta 0, Delta 2 Chama”… (E Delta 0 dizia “Delta 0 à escuta. Transmita")… “Oh Delta 0 vamos lá a acabar com esta brincadeira que eu já estou com uma certa alergia a este amarelo fluorescente!”

Really?

Recebi por e-mail esta informação:
Se um dia forem apanhados a mudar o pneu ou coisa do género, sem o colete, digam sempre que não têm, mesmo que o tenham convosco.
É que a multa por não ter o colete são 60 euros.
A multa por não o utilizar (tendo-o) é 120 euros…


Se se confirmar que assim é, meu Deus... até parece uma anedota!

Já tenho bilhete para os King of Convenience! Já tenho!!!

Agora é só ouvir música atrás de música e cantar no duche até 4 de Novembro! Deixo aqui a minha música preferidas dos rapazolas: I'd rather dance with you. I love this song. E o vídeo clip: funny and cute!



Quem não tem bilhete para ir aos U2, ao menos que vá aos King of Convenience. Aos Depeche Mode. Aos Nouvelle Vague. Parece-me perfeitamente justo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Não sei o que causa mais tonturas: andar na montanha russa ou no parque de estacionamento do El Corte Inglês...

Depilação à brasileira

Uma vez enchi-me de coragem e dispus-me à tortura da depilação à brasileira numa esteticista, com cera quente. Doeu que se fartou. Se doeu! Fiquei com o pipi como vim ao mundo, senti “uma leveza”, mais confortável que depressa me esqueci da tortura a que me havia sujeitado. E pensava eu que até era mais higiénico.
Acontece que é comportamento para ouvir um valente raspanete. Segundo rezam os discursos da classe médica, não é mais higiénico. Os pêlos têm uma função importante no nosso corpo, e é publico e assumido cientificamente que os pêlos da zona genital são não mais que mecanismos de defesa do nosso organismo contra bactérias e fungos e, portanto, servem também para prevenir infecções. A depilação pode ser bem cavada, mas não se deve retirar tudo. Logo, há que manter ali aquela barreira de segurança, por mais pequena que seja.
Tudo tranquilo, até ir a um centro de estética e apanhar uma brasileira daquelas que apoderam da pinça ou da cera e não descansam enquanto não houver zero pelinhos na zona do pipi. E depois é uma chatice ter que gastar o latim para negociar deixar pelo menos duas dúzias de pelinhos porque elas adoram limpezas no pipi…completas! Mazinhas, pá! E depois uma gaja não tem outra hipótese senão mandar parar a brincadeira que a saúde está em primeiro lugar. Estamos entendidas?


Será que os gajos se sentem pedófilos, enfim,
quando coiso e tal com uma gaja com depilação à brasileira?

Tudo sobre a minha mãe




Este filme de Almodóvar é de 1999, mas eu só o vi hoje (10 anos depois, portanto). Antes tarde do que nunca, não é verdade? E mais uma vez constato que os filmes deste senhor são sempre fantásticos.
Eu acho engraçado alguém que diz que não gosta do meu blogue, vir aqui ao estaminé lá de vez em quando espreitar o que ando a escriturar, só naquela de curiosidade e tal. Bem no fundinho até parece que acha um pedacinho de piada às parvoíces que escrevo. E por num desses dias ter-lhe calhado ler sobre leggings e glúteos, certamente terei contribuído para despertar alguma interesse sobre o conceito de glúteos ou que já saiba bem, bem, bem o que são leggings. Posto isto, já fico uma niquinha feliz por algumas das parvoíces parecerem  úteis para alguma coisinha. Pronto, era só para assinalar este momento digno de registo e deixá-lo no esplendor dos meus arquivos.

domingo, 25 de outubro de 2009

Eu prefiro ouvir o que alguém pensa, mesmo que não seja aquilo que queria que dissesse. Eu prefiro dizer o que penso, em vez daquilo que acho que alguém queria ouvir.


Esta sou eu, armada em autora de frases pseudo-profundas...

sábado, 24 de outubro de 2009

Modernices…

Quando éramos crianças pedíamos em namoro com as nossas vozinhas ternurentas “queres namorar comigo?” ou através de um papelinho escrito com a nossa letrinha de primária. Beijinhos, festinhas, abracinhos, mãozinhas dadas e era basicamente assim o namoro. Brincávamos aos papás e às mamãs e até encenávamos casamentos. Era bonito. Depois crescemos e a certa altura, na ausência de um pedido formal, um beijinho na boca bastava para selar o compromisso. Mas actualmente, já somos grandes e, sem perceber quando ou porquê, alteraram-se os conceitos. Os pedidos de namoro à antiga estão démode e em vias de extinção (ou mesmo já extintos). Um mero selinho na boca, beijos, "amassos", uma curte digamos assim, num determinado dia tanto pode querer dizer muita coisa como não dizer absolutamente nada. Somos amigos, amigos coloridos ou namorados? E no dia a seguir o que fazemos? Ligamos, mandamos mensagem, e-mail ou ficamos quietinhas no nosso canto à espera que o gajo se manifeste? E no momento em que nos encontrarmos, como nos cumprimentamos? Damos dois beijinhos na cara ou um na boca? E se depois curtirmos de novo? No dia a seguir como é? Contactamos ou ficamos sossegadinhas no nosso canto à espera que seja ele a fazê-lo? E no momento em que nos reencontrarmos? Damos um beijo na boca ou dois na cara? E se os beijinhos na boca, os amassos, os miminhos, se repetirem novamente, e novamente e novamente? Mais uma vez pode querer dizer muita coisa como não dizer absolutamente nada…

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Piano stairs

Como uma escada-piano destas, eu esquecia rapidamente o que são escadas rolantes. Quer dizer, se fossem as escadas da estação de metro do Rato ou da Baixa-Chiado, era caso para pensar...



"Fun can obviously change behavior for the better"
Mas por que é que eu me queixo por não estar a trabalhar e ser estudante a tempo inteiro? Tenho tempo para papar todos os programas da manhã e da tarde dos canais tugas. Ele é a “Praça da Alegria”, ele é o “Companhia das Manhãs”, ele é o “Você na TV”, ele é o “Portugal no Coração”, ele é o “As Tardes da Júlia” e ele é o “Vida Nova”. Tudo pérolas. Há lá coisa melhor para se fazer...? É impressão minha ou durante as três últimas semanas (ou coisa que o valha), o José Cid esteve batido em quase todos?
Se eu tivesse que eleger o que menos gosto nas entrevistas para um trabalho, nem sequer era ter que me sujeitar a perguntas mais ou menos usuais, mais ou menos aborrecidas, mais ou menos estranhas, ou mais ou menos torturantes que requerem respostas inteligentes e assertivas na ponta da língua. Era o tempo de espera pra lá do admissível. Já cheguei a esperar ali 1 horinha como uma linda. Pelo contrário, se fosse eu a atrasar-me 5 minutinhos que fosse, era bem capaz de levar um valente chuto no rabo como sei que é prática comum nalgumas empresas. Hoje, e graças a estar a realizar uma pós-graduação na área dos eventos, esperei 15 minutos para uma entrevista para um possível estágio. Pronto, é só um estágio curtinho, mas nos dias que correm, eu já me contentava qualquer coisinha.
Quem disse que não havia motivos para ver os jogos do Benfica? 


Javi Garcia, guapíssimo!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aquilo hoje à tarde no Rossio é que estava a bombar. Ali os adeptos do Everton em grande concentração. T-shirts, cascóis, cabeleiras azuis farfalhudas e até óculos luminosos pisca pisca azul. Uma mancha azul por todo o lado. Uns com mais adereços do que outros, mas cerveja era coisa que não faltava. Litradas e litradas. Ruas sujas, seus marotos, não sabem o que são caixotes do lixo? Mas na estação de metro dos Restauradores é que foi bonito. Muito abriam o gargalo para cantarolar enquanto esperavam pelo metro. Isto com meia dúzia de gatos pingados vermelhinhos a disputar as cantigas. Depois, no interior da carruagem, qual quê de se manterem calminhos?! Foi um concerto e peras! E com direito a batidinhas de pés e palmadinhas na estrutura da carruagem. E havia um senhor velhinho com um badalo de vacas que lá ia tocando o sininho entre cada actuação (repetida) para ver se a malta acalmava os ânimos. Outro senhor com máscara na boca, muito carrancudo, que pareceu-me desejar de ter mais duas para colocá-las nos ouvidos. Agradeço desde já a todo ao elenco que me proporcionou uma viagem verdadeiramente animada a soltar gargalhada sobre gargalhada. Pois bem, estes senhores adeptos do Everton já estavam àquelas horas muitooooo alegres. Nem quero imaginar os ânimos exaltados durante o jogo Benfica x Everton. Ainda mais para levarem 0 golos para casa contra 5 dos vermelhinhos. Ao menos foram espertos e divertiram-se antes do jogo. Quer dizer, se calhar até estão a festejar o desfecho que isto de perder o ritmo da loirinha tem que se lhe diga.

Entretanto, no meio desta animação meti-me no MUDE (Museu do Design e da Moda). Na quinta-feira passada tinha ido assistir a um desflile de moda glamoroso da dupla de criadores Alves & Gonçalves, organizado por este Museu, em plena Rua Augusta. Então, hoje fui conhecer o processo de criação em atelier, desde os primeiros croquis até chegar às peças finais que foram apresentadas nesse desfile. No piso 2. Ide ao Mude, ide lá, que vale a pena visitá-lo todinho, de cima a baixo. Tem pinta. E é à borlix.
Estou a ler há algum tempo “Relações Frágeis”, de Rita Hidalgo Oulman.


Por isso, este livro de vez em quando sai de casa de mão dada comigo. Acontece que tenho observado que há gente que fica vidrada na capa. De facto, tem umas letrinhas cor de laranja fluorescentes e em relevo (como a palavra “frágeis”, destacada pelo tamanho de letra maior e uso de maiúsculas), mas também tenho a impressão que em alguns casos há pessoas que de alguma forma se identificam (ou já se identificaram) com o título do livro. Just like me. Porém, noutros casos sinto que às vezes sou olhada como “se aquela está a ler um livro com aquele nome é porque deve ter relações frágeis”. E por acaso fico assim com um bocadinho de nada de vergonha e tento esconder a capa. Bem que já me passou pela cabeça forrá-la, que padrões de papel bem giros é coisa que não falta por aí no mercado. Mas não. Há que saber vencer preconceitos, não é verdade?
Coisas que fiz hoje e as quais não devia ter feito (quer dizer… mais ou menos).

Então foi assim que a coisa aconteceu: fui ao Colombo com o intuito de realizar um pedido feito pela minha mana do andar de baixo, ou seja, ir à Fnac comprar bilhetes para o concerto dos Depeche Mode. Como não tinha aulas, decidi passar um tempinho por lá. Ver lojas. Só ver. Nada de compras que não ganho para isso! Aliás, nem estou a trabalhar. Então fui à Mango ver o que havia por lá, comer com os olhos uns sapatos lindosssss de morrer, mas cujo meu número anda esgotado por todo o lado. Por todo o lado, quer dizer… parece que havia um par numa loja lá para os lados do Barreiro. Maravilha. Assim não tenho outra hipótese (sim, porque ir ao Barreiro tem os seus custos). Acontece que vi umas calças pretas finíssimas com uma barra subida na cintura. E fui só experimentar naquela de ver como é que me ficavam. E pensei que por muito longe que estivesse o dia em que iria precisar delas para o mundo laboral, eu tinha que as ter. Tinha. Assim um investimento já para o futuro. Pronto. Ficaram na loja, que ficaram, mas para subir as bainhas. Vá não vá, achei melhor ir cultivar-me e enfiar-me numa sala do cinema. Bolas, dos filmes que estavam em cartaz, três já vi e só um me interessava: “Para a minha irmã”. Hhmm… já ouvi dizer que neste filme chora-se baba e ranha e, chorona implacável como sou, era certo que iria sair de lá lavada em lágrimas. Além disso, não me estava a apetecer chorar. E pior, ainda tinha ir antes ao hipermercado comprar lenços de papel. No way. Então decidi ir-me embora. Só que antes tinha de levantar dinheiro para pagar o parque. E neste circuito dei por mim e entrei na Bershka, mais uma vez com a intenção de ver. Só ver. E vi, por incrível que pareça, umas calcinhas de ganga assim mesmo mesmo mesmo a minha cara e mesmo mesmo mesmo daquelas com um cortezinho bem justinho para usar com botas de cano alto e, por incrível que pareça, assentaram-me que nem uma luvinha (bye bye Salsa Wonder). E já agora, por que não ir ver a Stradivarius? Bem, está com uma colecção que dá vontade de levar um exemplar de cada peça para casa, e em todas as cores (quer dizer, a parte do animal print por enquanto dispensava, se bem que também não me importava de as receber para as despachar como prendas de natal para tudo o que é gaja que conheço e aprecie o visual). Mas ora bem, se comprei as calças de ganga na Bershka e “poupei” €30 (por ter desistido das push-up da Salsa) ainda posso ver aqui qualquer coisinha na Stradivarius, não é? Estive imenso tempo lá dentro (desconfio que o segurança já estivesse desconfiado que estava era a tentar fazer alguma coisinha má, tal foi as vezes que passou por mim). E o resultado foi racional, não tive nenhum momento Alzheimer em relação ao saldo da conta bancária, assim só mesmo na banda da compensação dos tais € 30: um lenço, dois cintos, um colar e uma pulseira (coisas "pequeninas", portanto). Se bem que anda lá um casaco giro, giro, giro que meu Deus…! Pronto, agora sim, auto proibí-me de ir ver lojas nos próximos tempos. Quer dizer, a não ser que ganhe o Euromilhões ou arranje emprego. Mas, pelo cenário actual, a probabilidade é quase a mesma, não?

E agora estou aqui sem saber se hei-de agradecer ou culpar a minha mana...
Que tal ela dar-me uma recompensazinha pela tarefa cumprida
 (assim pelo tempo dispendido, pela gasosa,
pelo custo do parque de estacionamento...)
Hum? 

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Glúteos para cima

Não é à toa que agachamentos, avanços, exercícios em 4 apoios, em ponte, ou deitados na lateral são os exercícios mais utilizados para tonificar os glúteos e ter um rabo daqueles bem gostosos. O que eu não sabia (e me foi dito hoje por um professor de ginástica durante uma aula de Total Training) é que o exercício melhor para empinar (em-pi-nar) o rabiosque é o exercício “ombros e tríceps combinados” *.
Ora bem, passo a (tentar) explicar através de uma descrição que encontrei na Internet, sobre este exercício:
“Posicione-se de pé, com as pernas afastadas e os joelhos ligeiramente flectidos, os braços estendidos para baixo, ao longo do tronco, e as palmas das mãos viradas para dentro, segurando um haltere em cada uma. Levante os braços lateralmente, até à altura dos ombros. Suba os braços acima da cabeça, direccionando os cotovelos para a frente do corpo, enquanto leva as palmas das mãos (viradas para dentro) na direcção da nuca, com uma flexão dos cotovelos. De seguida, faça uma extensão de braços acima da cabeça, volte com eles até à altura dos ombros, lateralmente. Retorne à posição inicial”.
Pronto, é isto. Porém, não esquecer de contrair beeeemmm os glúteos enquanto fazem o exercício. Push it up!

*Não me responsabilizo por este informação,
mas posso assegurar que a fonte parece-me ser credível.
A febre das leggings…(e que tal as brilhantes?!)

As leggings definitivamente instalaram-se com os seus tentáculos por tudo o que é lado. Há quem diga que com as leggings é 8 ou 80! Ou se ama, ou se odeia! E os 80’s é que estão a dar, não é? Entenderam o trocadilho? 80 (ama-se), tendência de moda actual (= anos 80)? Agora anda tudo maluco com as leggings brilhantes (wet leggings).



legging com cara de couro, coladíssima ao corpo, preta e brilhante, é um clássico da moda roqueira. E bem me queria parecer que já a tinha visto em qualquer lugar. Lembram-se do filme “Grease”? Da "Sandy" (Olivia Newton- John)? E das suas pernocas brilhantes?


À primeira vista gosto, mas não sei se me vão ficar lá muito bem. Sim, porque estas leggings brilhantes podem não ser como os caldos da Knorr, que tornam qualquer galinha mais saborosa.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"O Diabo em Marge Simpson"

Supimpa!



"Ele nunca tinha ouvido falar da revista. A ideia de mulheres nuas a posar é completamente estranha para ele. Não foi querido ele ter mentido?" (brincou Marge sobre a reacção de Homer).




"Bem, quando o médico disse que eu estava grávida ouvi uma voz que dizia: ele é o homem com quem te vais casar. A voz era da minha mãe!» (quando questionada sobre o momento em que percebeu que Homer era o homem da sua vida).




"Estou sempre a dizer à Lisa que ela tem de casar com um homem que a ame. Não interessa se ele está a ficar sem cabelo, se tem peso a mais, se sai todas as noites ou se se esquece do seu aniversário e do dia de casamento. O que interessa é que ela seja a coisa mais importante da vida dele», afirmou Marge, que foi bem mais dura com o filho mais velho, Bart: «Não vais encontrar nenhuma rapariga na prisão, que parece ser para onde queres ir".


Excertos da entrevista e imagens da sessão fotográfica para a Playboy gamadas (com muito respeitinho) da Intenet.
Qualquer semelhança entre as imagens e as declarações associadas é pura coincidência.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

E que tal se o preço dos combustíveis aqui no continente fosse tabelado como o é nos Açores, hein? É que, sem querer fazer publicidade ao BPI, eu fiz as contas e o que não poupeia hoje numa bomba de gasolina em detrimento de outra (apenas a uns metros mais à frente) já dava quase para um cafézinho. Bardamerda.

Dia Europeu Sem Cuecas

De há 9 anos para cá que eu tinha motivos para ir votar nas Eleições Europeias e desconhecia! Pois bem, depois de perceber que as pessoas que por lá andam em nossa representação preocupam-se com o bem-estar da população masculina, consegui finalmente encontrar boas razões para desejar ir às urnas nas próximas eleições. Dia 1 de junho é o Dia Europeu sem Cuecas. De facto, à primeira vista, pode parecer um movimento pouco higiénico, mas depois de cenas à gajo como nunca passar um bocadinho de papel higiénico pelo seu instrumento depois de fazer chichi e nem sempre lavar as mãos depois do acto, já pouco me espanta.


Bem, na verdade, a Comissão Europeia está principalmente preocupada com a baixa taxa de natalidade. O principal objectivo desta campanha é alertar a população para os problemas de infertilidade: sensibilizar a população masculina para optar por não utilizar cuecas, criar uma oportunidade para experimentar essa mudança e demonstrar que não usar cuecas é sinónimo de maior qualidade de vida.


Vários médicos que defendem esta medida:
“…a deficiência na produção de espermatozóides está relacionada a factores que vão desde o uso de cuecas à varicocele, que são varizes na bolsa escrotal…” Drª Daniela Rebordões, do programa nacional para a fertilidade masculina (PNFM).

“…os testículos precisam se manter 1ºC abaixo da temperatura do corpo, para não prejudicar a produção de esperma. Quando está frio, a bolsa escrotal contrai-se e para manter a temperatura; no calor, relaxa-se, explica o urologista Joaquim de Almeida Claro, 41, professor de urologia da Unifesp. Por isso se diz que o uso de cuecas pode reduzir a fertilidade masculina: colada ao corpo, a bolsa escrotal aquece, e não consegue executar o vaivém defensivo.”

“…cigarro, álcool, droga, afectam a função testicular. Assim como submeter os testículos a temperaturas mais altas que o normal diminui a quantidade e qualidade dos espermatozóides - homens que permanecem sentados por muito tempo ou que usam cuecas, por exemplo.” Drº Willian Jacobs, do “Institute for advanced fertility studies”, da universidade de Michigan, EUA.

“Manter a temperatura dos testículos é fundamental para a produção dos espermatozóides, se ela sobe a contagem altera-se. Várias situações podem aumentar a temperatura testicular como, por exemplo, cuecas, calças muito justas… que mantém os testículos muito perto do corpo modificando a temperatura e interferindo a fabricação de espermatozóides”, explica o Drº Cambiaghi Foullard, professor universitário na universidade de Vichy.

”A melhor maneira de manter os testículos arejados em temperatura correcta é não usar cuecas e calças que não estejam apertadas.” Drº Juán Menendez, autor do libro “Un mundo sin bragas”, actualmente um best seller em Espanha.


“…um ginecologista britânico afirmou que as cuecas são prejudiciais. Segundo o Drº Nick Panay, ginecologista do Hospital Queen Charlotte, em Londres, «as cuecas podem levar a assaduras e desconforto, assim como uma diminuição da qualidade e quantidade dos espermatozóides.”


Assim sim, já não penso que o corpo europeu brinca em serviço e, entre medidas extremamente importantes que são tomadas na Europa das decisões encontra-se esta, tendo partido da Comissão Europeia, cujo Presidente não é nada mais, nada menos que o nosso Durão Barroso. Começo a imaginá-lo a circular pelos corredores da Comissão Europeia e a participar em reuniões importantíssimas, sem cuecas.

Gajos: marquem na vossa agenda. 1 de Junho é dia para deixarem as vossas cuequinhas na gaveta e andar com o Zézinho "à larga" (cuidado com o fecho éclair).

domingo, 18 de outubro de 2009

Los abrazos rotos

Hoje fui ao cinema ver o mais recente filme de Almodôvar “Abraços desfeitos”. A-do-rei! O drama explora os sentimentos do amor sem limites, a obsessão cega, o ciúme, a violência psicológica e física, o abuso do poder e a traição, que levam à tragédia. Mas asseguro-vos que o filme também está salpicado de momentos com humor. E pronto. É tudo. Ah, posso dizer também que Penélope Cruz está guapíssima em todas as cenas, é uma diva com (ou sem) qualquer peruca de outras divas e, ainda, que confirma-se (mais uma vez) que leva jeitinho para a representação. Invejosa! Agora é que não vou dizer mais nada. Fechou-se a torneirinha da informação. Ladies and Gentlemen, 5 estrelas para a sensibilidade, a beleza e a profundidade deste filme. Vale a pena ir ver (e pelo sim pelo não, levar um lencinho de papel).

Ma que cosa bella!

Ainda falta um bocadinho para o Natal, mas para não dizerem que avisei em cima da hora e não me aparecerem com prendas efeito sorriso amarelo, aviso que deixei a minha lingerie wish-list toda cutxi cutxi na Intimissimi. De Milão. MI-LÃO. Em nome de Miss R*. Repito. Miss R* (não esquecer do asterisco).







(estas imagens são apenas uma amostra da wish-list)
São duas da manhã e ainda estou de olhos arregalados e postos no tal trabalho da faculdade. Decididamente não dá para ser feito enquanto o diabo esfrega um olho, como eu pensara. Não. Ele está a revelar-se mais demorado do que uma viagem daqui até à Austrália. E passou-me na mente beber um Red Bull para ver se a coisa voava, mas não vou com a cara desse xarope (nem com a cara, nem com o sabor). Então, estou a trincar um Snickers com esperança que os meus neurónios ganhem energia extra. Só gostava de saber quem é que se vai responsabilizar se amanhã não tiver tempo de ir ao ginásio desgastar estas malfadadas 253 calorias.

 Oh Pós-Graduação, a quanto obrigas...

sábado, 17 de outubro de 2009

Só vim aqui picar o ponto novamente para confessar que estou com tanta inspiração e motivação para estar fechada em casa a fazer o tal trabalho (enfim, não está a correr como se quer), que até preferia estar enfiada no Estádio Municipal de Torres Novas, a assistir ao jogo de futebol Monsanto x Benfica. Curioso.
E os dias quentinhos continuam, sem bem que para hoje preve-se que os termómetros vão chegar apenas aos 25º aqui na capital (acho que se enganaram...está uma brasa!). Isto tem sido coisa para dizer "Outubro no ar, Outono ao ar". E hoje, o que me lixa mesmo é estar bom tempo. Deixei um trabalho final de Competências de Comunicação da Pós-Graduação para a última hora, pensando que se avizinhava um fim-de-semana mais parecido com a estação do ano começada pela letra "O". Ohh...! E só dá vontade de sair do lar, doce lar, ir apanhar ar (e sol, claro). Aborrece-me que não haja aqui uma qualquer pocinha de água onde possa refrescar. Já estive mais longe de me atirar de biquini para o Lago do Campo Grande, no meio dos patinhos e daqueles barquinhos a remos. Assim lá para as 18h mais qualquer coisinha seria provável que ninguém me visse a chapitar (nem mesmo o senhor dos barquinhos), por mais rápido que seja fosse (é que diz-se por aí que  quando escurece aquilo é sítio de engates e coiso e tal). E por isso agora estou por aqui, a engonhar sobre fenómenos caloríficos e vontadinhas, só para não ter que voltar para outra janelinha aberta aqui do computador. Não me está a apetecer nadica de nada...

E não é que a venda de bilhetes para assisistir aos U2 está a ser uma loucura? E aquela cena das lesões do Cristiano Ronaldo que perdura nas luzes da ribalta? E o desemprego, meus Deus, o desemprego que continua um flagelo? E o concorrente nº. 104 dos Ídolos, o cromo "Chico Fininho" a passar agorinha no programa "Episódio Especial" da SIC com mais uma prestação fantástica? 
Pronto, tenho mesmo que ir, não é? Eu vou...mas só mais uma coisinha: alguma alminha com vontade de elaborar um resumozinho do tema, e me fazer o simpático favor de o enviar por e-mail? Até amanhã. Alguém interessado? Hum?

Upa, upa

Muitas marcas de lingerie elevam os peitos do mulherio com os Wonderbra. Na Salsa Jeans, eleva-se a bundinha com as Wonder Jeans.

Se há jeans que me assentam bem, são as da Salsa. Para além da qualidade da ganga ser fantástica e haver uma montão de modelos diferentes. É coisa para passar lá uma tarde a experimentar par sobre par até não poder mais. Encontrar calças de ganga na Mango, Stradivarius, Bershka e Cª Lda, para mim é quase tão difícil como encontrar uma agulha num palheiro. Tendo já percorrido este rol de lojas sem ter conseguido cumprir a missão de arranjar umas calças de ganga justas para usar com a brigada das botas de cano alto (e salto alto), fui à loja que é a minha tábua de salvação quando o assunto é caçar umas calças de ganga. Em conversa com uma funcionária, veio à baila um dos modelo das Wonder Jeans. E sim, eu já muito tinha ouvido falar destas calças cheias de truques e artimanhas para permitir que o gajedo ostente orgulhosamente o seu traseiro, sei que estes modelos andam a ser muito enfiados (e, portanto, muitos rabos a serem empinados) por cá e pelo mundo fora onde a marca está presente, mas nunca me senti tentada a experimentar umas por achar que a minha bundinha já tem área e forma suficientes para não me meter em grandes aventuras. E lá experimentei dois modelos Wonder. E devo confessar que aquilo tem mesmo uma varinha de condão por ali metido. É coisa para passarem numa loja e conferirem com o vosso rabiosque. E estou num maré de indecisão. Não sabendo eu se gosto mais de ver meu traseiro com este efeito, questiono: os gajos preferem ver rabos que tendem mais para a versão brasileira ou africana?






sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Hoje fui almoçar com uma ex-colega de trabalho, que também já não está na empresa e  de lá saiu uns tempos depois de eu o ter feito. Têm sido raras as vezes que não me encontro ou falo com algum ex-colega sem tomar conhecimento que aquele, e aquele, e aquele também já bazaram da empresa e que aquele, e aquele, estão desertos para o fazer. E é um bocado chocante de se saber porque a empresa em causa é uma óptima escola, investe nas pessoas e depois deixa-as irem voar para outro lado, sem fazer birrinha, sem protestar (isto dos casos que conheço). Eu saí por não ter outra alternativa, por ter decido apostar na minha formação e realizar uma Pós-Graduação e me ter sido negado um pedido de licença sem vencimento, alegando principalmente abrir-se um precedente para outros colegas com a mesma vontade. Só que esqueceram-se que cada caso é um caso, que há colegas que o podem fazer simultaneamente enquanto trabalham, porque estão na mesma cidade. Eu não. Em Ponta Delgada, as Pós-graduações não abundam e na minha área simplesmente não há. Não há. Ponto final. Apesar de eu não estar arrependida da minha decisão, dá-se-me uma volta ao estômago quando, entre garfadas, ouço "Lá no departamento toda a gente elogiava o trabalho que fazias. Estavas lá no Top". Temos pena. Eu, pelo menos, tenho.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Viver a Vida

Estou fascinada por esta telenovela. Esta passagem de modelos, senhoras e senhores, ai esta passagem de modelos... 

Love is in the air?



Judite de Sousa, com que então também acha o Zézinho Sócrates um homem sexy e não se coíbe de lhe lançar olhares em plena "Grande Entrevista", hein? Sua marota! E pelos vistos os olhares são correspondidos. Que fofinhos. Para a próxima vez que o "arranjadinho" lhe passar pelo estúdio, já sabe o que fazer. É caso para o convidar para um jantarinho romântico lá em casa.
O Photoshop faz mesmo milagres

Filippa Hamilton estava gordinha... Então Ralph Lauren achou que uma boa solução seria recorrer ao photoshop para desfigurar o corpinho da modelo e apresentá-la com uma cintura de vespa faminta.


Que cinturinha magrela de dar dó, mais pequena do que a cabeça e mais bizarra do que um efeito espartilho do século XVI. Como não tenho aqui por casa artigos desta marca para lhes dar uns valentes açoites, vou ali trincar um chocolatinho... Parece-me ser o mais apropriado.

Pormenor: dizem por aí que Filippa Hamilton foi demitida pela marca por estar gorda.

Geralmente quando vou as primeiras vezes dar um lamiré cirúrgico às lojas para conhecer as tendências de cada estação, o mais certo é desatar a vomitar “nãos”: não acho piada a isto, nem àquilo, não vou usar isto, nem aquilo…. Ou “nuncas”. Eu nunca hei-de usar isto, nem isto, nem mesmo aquilo. Nem pensar. Nunca”. Está bem, está. É só esperar um pouquinho para começar a ver mulherio com as peças do último grito da moda e começar a achar que afinal, afinal algumas delas são bem giras, e o look fica catito e, e, e, pronto, apaixono-me. Ainda me recordo da aparição (ou reaparição) das leggings. Achava-as horríveis e odiava-as com toda a minha força. Achava que o pernil ficava ali demasiado apertadinho, sem piadinha “ai que feio”, que mais pareciam umas calças para usar no ginásio (e nem no ginásio eu ousaria usar umas dessa laia). E depois, no meio do Inverno, o que é que aconteceu, o que foi? Passei do ódio ao amor… Miss R* totalmente aderente às leggings. Seja para usar com camisolas compridas ou vestidos ou blusas que também servem de vestidos. Um must! Agora as tendências são as correntes, as tachas, o couro, o preto e o animal print, invocando o look Rock Glam. Back to 80’s! Gostei logo das tachas (sobretudo as redondinhas), que andam por todo o lado: vestidos, blusas, cintos, sapatos, pulseiras e sei lá mais o quê. Das correntes, nem por isso. Acho que não me vou render mesmo. Assim como que distraída, já comprei umas pecinhas com tachas e um casaquinho à 80’s, mas nada que me permita encarnar a personagem rock star. E quanto aos padrões tigresse e companhia animal Lda que circulam por aí, ai esses eu (acho) que NUNCA, mas nunca vou gostar, nem usar. Pode estar uma avalanche de animal prints nas montras, nos cabides e nas prateleiras das lojas, em formato de casacos, leggings, lenços, blusas, tops ou sapatos a sorrirem para mim, a piscarem-me o olho como uns malandrecos, ou até  de joelhinhos no chão a implorarem-me  “Leva-me contigo! Compra-me! Usa-me!”, que não me seduzem. A sério. Esqueçam-me.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Eu gostava das campanhas do Pingo Doce, que gostava. Achava-as apelativas, sofisticadas e elegantes. Dava gosto ver e ouvir. Sempre gostei da voz do locutor. Era uma voz que fazia com que os produtos ficassem apetitosas. Agora, este anúncio quentinho, acabado de sair do forno, a apelar ao sentimento nacionalista, estilo popularucho "português", e longoooooo (dá tempo para uma zapping) ao som do fadeco alegre a convidar "Venha. Venha cá deixar os seus eurozitos. Venha!", não sinto o apetite appeal que antes sentia. Seus marotos!



A bandeira portuguesa colocada ao contrário foi culpa do vento?

Hoje fui a um Pingo Doce e a música do anúncio estava em modo repeat nos altifalantes do supermercado. Desejei, como nunca antes, ter levado o meu i-pod. Pareceu-me que até os empregados se sentiam um bocadinho perturbados e incomodados, acho que até vi um com algodão nos ouvidos a queixar-se que precisava de ir urgentemente a uma consulta de otorrinolaringologia. A cada repetição senti uma vontade incontrolável de fugir dali. Os meus olhos e as minhas orelhas entraram em coma "anúncio Pingo Doce", que é como quem diz, não aguento mais ver ou ouvir o anúncio.

Se me contactassem de empresas para uma entrevista de emprego o mesmo número de vezes que me contactam de imobiliárias para angariarem um imóvel, eu dava pulinhos de contente.

Nós por cá estamos desiludidos com a Maitê Proença

Aquela que protagonizou a famosa Dona Beija, também foi protagonista de uma infelicidade. Pessoalmente, sempre a considerei uma lady, talentosa, querida, simpática, meiguinha e linda de morrer. E hoje tomei conhecimento, através de um post de um amigo meu no Facebook, que existe nesta rede social, a causa “Portugueses 'cospem' na Maitê Proença”. Estranhei. Fiquei curiosa e fui investigar a página e "descobri" este vídeo emitido no Brasil, no Programa “Saia Justa”, cheio de “balas” apontadas para os portugueses, que me deixou boquiaberta:



Bala 1- estava a senhora Maitê em Sintra e, claro, não havia pontos de interesse turístico mais interessantes para visitar, filmar e comentar (sei lá, o Palácio Nacional de Sintra, as Praias, ou o Castelo dos Mouros) e foi cismar com uma “beleza”: um número de uma porta, um 3, virado ao contrário. E só para provar que estávamos em Portugal. “O sujeitô centrálizou, eli pensou prá fazêr issó (…) ele pregôu béim djireitxinho, eli midjiu ôs ládos e feiz issô, essá beleza. Não é bom?”. Mas que atractivo!

Bala 2- o circuito seguiu para os Pastéis de Belém. Sim, já é um local mais interessante, e com pastéis de comer e chorar por mais, mas parece-me que devia ter aproveitado melhor a informação que o seu cameraman lhe forneceu (de mão beijada, acho eu) sobre os pastéis para não fazer figuras de espanto “Não levá natais?”. Acho que 4 pastéis que papou lhe fizeram mal ao estômago…


Bala 3- a seguir, um saltinho ao Mosteiro dos Jerónimos. E começaram as dúvidas existenciais. Mar, Tejo, Rio?


Maitê: ... e ali ná frentxi tem o mar... É o mar, Daniéu?


Daniel: Isso... É o Tejô.


Maitê: Então não é o mar, Daniéu.


Ela bem que pediu ao Daniel para apagar essa burrada que ele falou (mas parece que alguém não ouviu) e lá foi esta ignorância para o ar. Depois, Maitê sai-se ainda com esta: “Aqui também em Portugal, também é assim: o Rio dá para o Mar”. Pois... E aquilo não me parecem ser pinheiros (o Daniel não sabia esta?)! Depois vem o blá blá sobre a votação do homem mais importante de Portugal (só por incrível que pareça).


Bala 4- de seguida, a dupla maravilha entra no Mosteiro dos Jerónimos e Maitê, palidérrima, fala baixinho, mas mesmo assim parece que não se sente intimidada para dizer mais umas baboseiras: "ondji temois Vasco da Gama mortxinhô ... e temois tambéim o Camõis. Olhá lá, como eli ficá bem, morto" (…) ele não gostou muito de ficar aí, tevi problemáis, então saíu”.

Bala 5- Maitê relata um momento extraordinariamente pateta (e mais uma vez deveras desinteressante) de ordem informática, durante a sua estadia num hotel de 5 estrelas em Lisboa. Lá foi um técnico prestar assistência ao computadorzinho da figura pública e diz ela que o rapaz olhou para o mouse como se fosse uma capivara. E como não conseguiu resolver, chamou o porteiro, coitado, cheio de boa vontade que ainda se deu ao trabalho de subir e tentar ajudar, para depois ser gozado.


E o vídeo termina ridiculamente: "E depois dizem que os portugueses são esquisitos". Esquisito, esquisito, esquisito e feio (muito feio) e nojento (nojento mesmo), é dar um cuspinho em plena fonte dos Jerónimos e, pior, exibí-lo. Depois, ah depois no final, no programa “Saia Justa” é um tal rir-se com as suas amiguinhas como perdidas... Tadinhas!


E assim Maitê meteu-se numa saia justa, mas tão justinha que nem tão depressa não a vai conseguir despir! Já merecia um puxão de orelhas, já, já!

Eu acho que a senhora tomou qualquer coisinha que lhe causou efeitos como humor igual a zero (é que nem a tentar imitar a pronúncia lisboeta teve piada) e outras coisas bem piorzinhas. Ou se calhar foi do 3… afinal estava ao contrário (como ela). E se a reportagem começou ao contrário, não é de admirar que ao contrário permaneceu e terminou. Lamentável.


Nós por cá gostamos de pedidos de desculpa e a senhora pediu-as há 3 horas atrás (ver aqui). Diz que foi uma brincadeira. Hãããã?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Olha ELA a pousar para a Playboy

Quem é ELA, quem é ELA, que vai ser a próxima capa da "Playboy" dos EUA? Dicas: é casada, trintona e tem três filhotes. Pronto, vá lá, mais umas dicas: tem pele amarela e cabelo azul. Muito fácil. 

Olhem só quem ELA é, sentadinha numa cadeira do coelhinho da Playboy, em pose ousada, na sensacional capa da revista:


Safadinha, hein?! Afinal não é só o barrigudo Homer Simpson que acha Marge uma mulher sexy. A Playboy pelos vistos tem a mesma opinião. E se muita gente não compra abertamente a revista, ou esconde-a religiosamente debaixo do colchão, nesta edição não precisa de se preocupar pois sempre pode justificar-se: "Ai eu adoro desenhos animados", "Sou fã dos  Simpsons", "Adoro a Marge. É a minha preferida", "Só vou comprar porque a Marge é a capa. Cof, cof...
E pronto, hoje estou numa de animais.



Olhem-me só para eles todos catitas nas janelinhas do avião. A PetAirways (americana) é a primeira companhia aérea do mundo que transporta animais de estimação e nem a turbulência da crise económica mundial demoveu o negócio de avançar. Os seus passageiros voam confortavelmente nas cabines dos aviões (especificamente adaptadas para os transportar) e recebem atenção constante. Os comissários de bordo da companhia aérea receberam formação especial para cuidar dos animais, e parece-me que só não aprenderam a língua dos passageiros. Nem quero imaginar a "orquestra sinfónica" a bordo. Apenas bebidas e aperitivos é que não há nestes aviões, e não é para poupar trocos nem nada que o valha, mas para que os animais não comam ou bebam durante o voo para evitar enjoos. A PetAirways faz viagens entre várias cidades norte-americanas desde Julho. Ah, e podem ser feitas reservas online. Basta incluir a raça, a altura, o peso e o tipo de animal de estimação (como cão, gato e, em breve, réptil, pássaro ou porco). Que chique!