terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pessoas (im)perfeitas

Pessoas perfeitas têm sempre um encanto, um “je ne sais quoi” inexplicável que nos fascina e hipnotiza. Pessoas perfeitas têm sorrisos perfeitos, mãos perfeitas, conversas perfeitas, olhos perfeitos, roupas perfeitas, gestos perfeitos, peles perfeitas, empregos perfeitos, gostos perfeitos, cabelos perfeitos, amigos perfeitos, cheiros perfeitos, conselhos perfeitos, bundas perfeitas, cultura geral perfeita, reacções perfeitas, carinhos perfeitos, pernas perfeitas, famílias perfeitas, lábios perfeitos ou o que seja…perfeito!
Mas a vida não é perfeita. E não há pessoas perfeitas. Podem ser quase perfeitas, mas falta o quase. E o quase são pessoas com defeitos toleráveis aos nossos “olhos”. Pessoas perfeitas não existem, mas perfeitas uma para a outra é possível… E os pares “ideais” formam-se por pormenores tão pequenos, mas não menos importantes, que certas exigências facilmente desaparecem. Qual seria a piada de pessoas perfeitas? A perfeição seria um tanto ao quanto enfadonha, não? São os defeitos que dão cor à vida. E o bom da vida é aprender a conviver com os nossos defeitos e os defeitos alheios. É contribuir para o melhoramento de qualquer defeito. Há sempre algo ou alguém que pode contribuir para essa construção, crescimento e enriquecimento. Há quem passe algum momento da vida em busca do gajo(a) perfeito(a). Mas o que é para cada um a pessoa perfeita? Varia. Mas é apenas a pessoa imaginária que mora no ideal da nossa mente. Apenas. Procurem até não poder mais, exijam cada vez mais e melhor, mas não esperem pela pessoa perfeita…
Eu não sou uma pessoa perfeita.

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