domingo, 13 de setembro de 2009

Vaivém na ponta dos dedos de Miss R*, sem aliança no dedo

Depois do vaivém “Aliança”, aqui estou eu a dar ao dedo no teclado deste computador para ter dois dedos de conversa sobre o dedo em que é usada a aliança de casamento: o 4º dedo a contar do polegar, ou seja, o dedo anelar (da mão esquerda). E porquê este dedo?

Ora bem, antes de me armar na versão feminina do Sherlock Holmes do Séc. XXI, e em dedos leves, eu podia contar pelos dedos (entenda-se: em pequena quantidade) as razões que me ocorrem:
1º. Polegar (dedão, positivo, pólex ou pólice ou mata-piolho): é o mais gorducho. Ao apontar com o polegar para cima, com os quatro outros dedos fechados na palma da mão, este dedo é o protagonista de pedir boleia, do OK, ou do fixe. Além disso, o mata-piolho com uma aliança valiosa no dedo não ficaria lá muito chique. Já chegava de funções para este dedo, não chegava? E mais. Daria muito nas vistas, ficaria mais carote e as Joalharias enriqueceriam muito. Resultado: excluído.

2º. Dedo indicador (indicador, apontador, índex, índice ou fura-bolo): este dedo indica e aponta. Poderia dar a ideia de que ao apontarmos ou indicarmos, estaríamos a querer exibir a aliança. Este dedo é também alcunhado por fura-bolo (ou, invento eu, o dedo guloso ou o dedo-molha, ou ainda o dedo-colher), logo o dito-cujo podia engordar via contacto directo e depois era uma grande chatice a aliança já não caber. Resultado: excluído.
3º. Dedo médio (dedo do meio, maior-de-todos ou pai-de-todos): com uma aliança neste dedo, poderia dar a ideia do casamento ser sempre a virtude, do dedo parecer ainda maior do que é e, sendo o pai-de-todos, correria o risco de sentir-se mais “pesado”. Já lhe basta ser o pai-de-todos, não basta? Além disso, é este o dedo maioritariamente eleito para gestos obscenos. Logo, não ficaria lá muito elegante realizar uma gesticulação ordinária com uma aliança no dedo (a não ser para pedir o divórcio). Resultado: excluído.
4º. Anelar (anular ou seu-vizinho): aqui está ELE! O lema seria: o seu-vizinho gosta da companhia de uma aliança e de estar valiosamente embelezado. Só pode ser esta a razão. Assim sendo, é forte candidato a ser o feliz contemplado para receber uma aliança. Mas calma. Nada de foguetes antes da festa. Vamos lá analisar o 5.º dedo, para que não restem dúvidas.
5º. Dedo mindinho (dedinho, dedo auricular ou dedo mínimo): o mais pequenote e fininho, mas não menos importante. "À socialite” é usado pelas senhoras (tipo tias de Cascais) que esticam–no ostensivamente ao pegarem nas chávenas de chá nas suas tertúlias das 5h da tarde. Que fofas! Ora bem, a aliança de casamento neste dedo ficaria muito sumida e não daria lucro às Joalharias. E mais. Dizem que este dedo adivinha: "Oh pra mim assim pequenininho a adivinhar que vai haver divórcio". Resultado: excluído.

E tcharam: é mesmo o 4º dedo, o anelar (nada, nada mesmo inesperado).
O dedo da aliança realmente foi escolhido a dedo, mas nada tem a ver com as razões que apontei (óbvio, qualquer pessoa com dois dedos de testa percebe que hoje o meu Qp - Quociente de Parvoíce - está ao rubro. Não liguem). Prosseguindo e antes que fiquem cheios de dedos (entenda-se: confusos), segundo a Wikipédia, a razão tem a ver com uma tradição cristã que é espantosamente esta: a aliança é usada no dedo anelar da mão esquerda porque acreditava-se que esse dedo tinha uma veia directa para o coração – o qual, por sua vez, acreditava-se ser o centro das emoções. De estalar os dedos! Como é que eu não sabia disto? Quem acha esta justificação romântica que ponha o dedo no ar (Miss R* põe). De lamber os dedos!

Por sua vez, uma lenda chinesa conseguiu explicar de uma maneira, assim bonitinha:

Mas lá está, é uma lenda…

Bom, agora vou abrir os dedos (entenda-se: fugir) deste teclado e:
1. passar os meus dedos sensíveis para o teclado do telemóvel para averiguar a veracidade da existência do circuito da tal veia, junto de uma doctor;
2. Repetir o exercício demonstrado no movie.

Com licença. Miss R* a dois dedos de (entenda-se: muito perto de) o comprovar…

Se eu não voltar nos próximos dias é sinal que não tenho dedo (entenda-se: não tenho aptidão) para tanto dar ao dedo sobre dedos, ou tive uma tendinite, ou meti os dedos pelos olhos dos meus queridos leitores (entenda-se: iludi-vos).

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