quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estava eu aqui a pensar com os meus botões, se não deveria aproveitar que estou desempregada para não ter que oferecer prendas de Natal a ninguém (excepto as crianças, claro). Não dizia nada até ao natal e chegada a hora da troca de presentes, depois de agarrar as prendas com o meu nome, debitava um discurso ensaiado de levar às lágrimas. Seria uma emoção. Prometia que no próximo natal compensava todos com prendas de sonho, sempre a caírem-me lágrimas de crocodilo (claro que para o ano já ninguém se ia lembrar da promessa).

Também coloquei a hipótese de optar pelo “faça você mesmo”. Sim, porque prendada como só eu, poderia fazer uns serõezinhos com agulhas e novelos de lã (que por acaso tenho aqui por casa, portanto não é nada que precise comprar) e confeccionar uns cachecóis em malha fofinhos e quentinhos. Nunca saem de moda e dão um jeitão para esta época, certo? Ou matar saudades do ponto cruz. Uma barrinha com o nome de cada um para depois entreterem-se a coser numa toalha lá de casa. Uma prenda personalizada, portanto. Que mais poderiam querer?

Bom, mas depois de fazer umas continhas de matemática, cheguei à conclusão que afinal posso recorrer a presentes da Boutique C. C de Chiquíssima. Ia ser um sucesso! Não conhecem? Só aqui entre nós, há também quem a apelide por Loja dos Chineses, mas isso agora não interessa nada. Para todos os devidos efeitos podia pegar na etiqueta dos artigos, recortar o que não interessa e escrever “Boutique C” com uma caneta dourada e num tipo de letra requintado (Script MT Bold, por exemplo). E se alguém tivesse a ousadia de dizer que não gosta, que não serve para nada, ou que já tem do género e me pedisse o vale para trocas, bastaria argumentar: oh meu(minha) querido(a), segundo as mais recentes regras do Guia de Etiqueta, nas Boutiques Chiques, jamé, alguém se atreve a trocar o que quer que seja. Jamé!

0 baloiçaram:

Enviar um comentário