quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Miss R*, a pintora de serviço

Este ano já pintei uma cómoda, umas portas de uns armários, uma cadeira, uma mesinha de cabeceira algumas seis portas. Tudo com tinta que sobrou de pinturas de paredes interiores. Já ouvi três pessoas me dizerem algo do estilo “és maluca. Isso não é tinta para madeira”. Não, não sou maluquinha. Sou aproveitadinha. Algumas das peças tinham uma cor demodé e outras requeriam manutenção. Nada como aproveitar cada mililitro de tinta, infeliz candidato a habitar para todo o sempre numa lata e transformar-se em bolor. Nada como reciclar. Nada como inovar nos materiais e aplicar tinta para paredes interiores em madeira. E sem lixar antes. Ninguém repara que houve batota no processo. Ninguém diz que foi pintado por uma amadora. Já lá vão uns bons mesinhos desde que inovei e estas peças, únicas no mercado (e, portanto, valiosas) permanecem catitas, catitas. Aposto que a equipa do Querido Mudei a casa, mal ler este post, vai inspirar-se aqui na Miss R*. Para ser honesta, o que não correu às mil maravilhas foi ter ficado com um ou outro cabelo branco emprestado, e ser alertada por isso fora de casa. Mas nada que não se resolvesse com uma estadia prolongada na banheira a lavar o cabelo, quase fio a fio.
E pronto, agora, sim, sinto-me efectivamente preparada para pintar paredes e TECTOS de um apartamento! A árdua tarefa começa amanhã. Já há tintas e todo o material necessário. Claro que apenas contribuí para a escolha da cor. Se é conveniente antes dar primário, se a lixa deve ser grossa ou fina, quantos litros são precisos, se é melhor pintar com o rolo de lã ou de espuma (e sei lá mais o quê), simplesmente deleguei estas decisões a outrem porque não gosto de transparecer que trato a pintura por tu (cof, cof). A boa notícia é que desta vez conto com a ajuda de mais quatro mãozinhas: duas da mana do andar de baixo e mais duas do seu boy. Yupi! Não será demais? Sim, parece-me que posso lhes fazer a vontade e deixá-los arregaçarem as mangas e meterem a mão na tinta, por exclusivo. Afinal de contas, é sempre importante haver alguém que se dedique à tarefa de controlar, inspeccionar e evitar que seja preciso comprar outra lata de tinta. E quer-me parecer que sou a pessoa mais indicada para este posto.

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