segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"Desculpe, cheguei um bocadinho atrasado"
Quando os arrumadores chegaram às ruas de Lisboa (nem sei precisar o ano) quase sempre dava uma moedinha. Tinha um medo terrível que me riscassem o carro, furassem os pneus ou fizessem qualquer outro dano na minha viatura móvel. De há uns bons tempos para cá, raramente dou moeda. Se for preciso (e não tiver pressa) sou capaz de dar umas voltinhas na zona para me assegurar que o terreno está livre. E quando dou uma moedinha geralmente é porque efectivamente o arrumador me ajudou muitíssimo numa daquelas manobras em que a viatura cabe por um triz no lugar de estacionamento. Ou se faz o trabalhinho de um localizador de lugares de disponíveis (naqueles em que encontrar um lugar é como encontrar uma agulha num palheiro) e me encaminha num corre-corre à minha frente para um lugar disponível. Haver arrumadores em locais em que há parquímetro dá nervos.

E também nervos dá quando um arrumador, vindo de não sei onde a correr ao melhor estilo de Carlos Mota* (na sua época) chega próximo da viatura quando já está praticamente estacionada e diz “Desculpe, cheguei um bocadinho atrasado” e ainda assim suplicar por uma moedinha. Só dá vontade de dizer “Atrasado? Deixe-me cá consultar a minha agenda…………… Olhe, lamento mas não tenho nenhum encontro marcado consigo”.

* adenda a 07/12/2009: Carlos Lopes. Obrigada a quem reparou no erro.

2 baloiçaram:

AMC disse...

LOL
Carlos Mota???! Não será Carlos Lopes?! Mota era a Rosa, Rosa Mota! ;)
LOL

Miss R* disse...

LOL! É Carlos Lopes. Enganei-me. Fica um 2 em 1 :)

Enviar um comentário