domingo, 11 de outubro de 2009

Ai que eu estava a sentir-me muito frustrada por não poder ir votar, por não poder exercer o meu dever e o meu direito. E estava um calor de rachar. E pronto, lá tive que ir às urnas de uma praia, com esperança de poder contribuir para abstenção de forma honrosa. E assim estive eu algumas horinhas de papo para o ar numa bela praia, com pouca gente, havia até espaço para rebolar, sem ter que ouvir as conversas ou berros dos outros, a tostar o meu corpinho, a dar uns bons mergulhos numa aguinha que milagrosamente até não estava nada gelada (até parece que havia um esquentadorzinho underwater por ali), a ler o meu livrinho “Relações Frágeis”, a telemovelar, a ouvir musiquinha no i-pod e tudo, tudo assim muito gostoso.

E cheguei a casa e o canal estava sintozinado na SIC e por ali permaneceu. Entreti-me a ver os Ídolos (inédito). De chorar a rir. Qualquer dia caio do sofá de tanto gargalhar. Ele há de tudo. Pessoal que pensa que canta e vai-se a ouvir é com cada desafinado, sem voz, sem energia e sem jeitinho nenhum para a coisa, que mais valia ficar-se pelo Karaoke em casa. Alguma actuações até levaram com legendas em portugalês. E os looks? Há para todos os gostos (e desgostos). Um must! A sério, há de tudo. Gente que pensa que está muito bem vestida para o acontecimento, mesmo o último grito da moda (mas da sua). Vi um jeitoso, lá isso era, indeciso se queria ou não cantar (Pop), vi gajas e gajos a chorarem baba e ranho como se o mundo fosse acabar naquele momento. Outra a tremer por todos os lados - tadinha, desconfio que o seu corpo tenha sofrido um grande tremor de terra - literalmente lavada em lágrimas negras a descerem em carreirinha pela cara abaixo, tal era a dose industrial de rímel. Outro que dançava mais com os braços do que cantava (devia ser para ganhar balanço para balada da música, só pode). Um outro, o “Chico Fininho”, o animador stand-up comedy de serviço, que disse que o júri é o único que não gosta de o ouvir cantar, que está contra ele, que não lhe deu tempo e que não sabe o que se passa! Depois, achou que era um talento desperdiçado, que merecia uma segunda oportunidade, entrou de novo na sala da fama (em vão) e sai-me de lá e ainda diz que ficou na dúvida se o resultado foi um sim ou um não. E mais, ainda disse que SIC = Serviços Inteligentes Secretos (já substituía "Secretos" por uma palavra começada com a letra “C”, já, já). Oh meu Deus. Grande artista!

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