sábado, 24 de outubro de 2009

Modernices…

Quando éramos crianças pedíamos em namoro com as nossas vozinhas ternurentas “queres namorar comigo?” ou através de um papelinho escrito com a nossa letrinha de primária. Beijinhos, festinhas, abracinhos, mãozinhas dadas e era basicamente assim o namoro. Brincávamos aos papás e às mamãs e até encenávamos casamentos. Era bonito. Depois crescemos e a certa altura, na ausência de um pedido formal, um beijinho na boca bastava para selar o compromisso. Mas actualmente, já somos grandes e, sem perceber quando ou porquê, alteraram-se os conceitos. Os pedidos de namoro à antiga estão démode e em vias de extinção (ou mesmo já extintos). Um mero selinho na boca, beijos, "amassos", uma curte digamos assim, num determinado dia tanto pode querer dizer muita coisa como não dizer absolutamente nada. Somos amigos, amigos coloridos ou namorados? E no dia a seguir o que fazemos? Ligamos, mandamos mensagem, e-mail ou ficamos quietinhas no nosso canto à espera que o gajo se manifeste? E no momento em que nos encontrarmos, como nos cumprimentamos? Damos dois beijinhos na cara ou um na boca? E se depois curtirmos de novo? No dia a seguir como é? Contactamos ou ficamos sossegadinhas no nosso canto à espera que seja ele a fazê-lo? E no momento em que nos reencontrarmos? Damos um beijo na boca ou dois na cara? E se os beijinhos na boca, os amassos, os miminhos, se repetirem novamente, e novamente e novamente? Mais uma vez pode querer dizer muita coisa como não dizer absolutamente nada…

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