sábado, 31 de outubro de 2009

Os contos de fadas são repletos de encantos, de príncipes, de perfeição. Começam invariavelmente com um “Era uma vez” e acabam também invariavelmente num final feliz.
Era uma vez…
... uma princesa que vivia num bonito castelo, sofreu uma terrível maldição da bruxa má. Quando completasse os 16 anos, espetaria o dedo no fuso de uma roca e cairia num sono eterno. A única forma de acordar era ser beijada por um príncipe. Um dia, um belo príncipe andava à caça na floresta e viu o castelo. Como não avistou ninguém, resolveu entrar. Encontrou a bela princesa, adormecida e logo se apaixonou. Ao beijá-la, ela acordou imediatamente. Foi quebrado o feitiço! E viveram felizes para sempre...

Era uma vez…
... uma Cinderela que um dia foi ao baile de um Palácio e o príncipe só dançou com ela. Ao bater a meia-noite, antes que terminasse o encanto, Cinderela foi embora. Ao correr, perdeu seu sapatinho de cristal. O príncipe, que se tinha apaixonado por Cinderela, para achá-la, mandou que provassem o sapatinho em todas as jovens do reino. Todas provaram, até as irmãs de Cinderela. Mas, quando Cinderela calçou o sapatinho e surpresa! Serviu, garantindo-lhe o amor da sua vida. E viveram felizes para sempre...

Na vida real, as histórias também começam por "Era uma vez", mas nem todas resultam num final feliz, tal como se sucede num conto de fadas.
Eu começo a achar que a cena com que mais me identifico nos contos de fada são os bruxedos (malignos). Não há sapatinho ou beijo que consiga desfazer o bruxedo de que fui vítima e surgir um final feliz para as minhas relações amorosas. É isso. Posso ser muito boa pessoa, uma querida, uma simpática, uma fofinha, uma atenciosa que a coisa corre para o enviesado. O problema sou eu? Não me parece. O problema é deles? Apesar de ter algum cepticismo a este respeito, prefiro acreditar que não. Que apenas me têm passado pelas mãos Misters Wrongs, porém alguns muito boas imitações do “the one”.
Mas os contos de fadas existem com um propósito: fazer com que não percamos a esperança. Valha-nos isto!


E hoje é o dia das bruxas. Medo. Muito medo.

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