terça-feira, 11 de agosto de 2009

Aqui na ilha é preciso andar atrás do sol, porque ele provavelmente anda por aí. Só é preciso descobrir onde! Ah e tal, vamos para os Mosteiros que está bom tempo para lá. Ok. E a malta lá me apanhou em casa. E lá fomos nós. A meio do circuito, um desvio para uma canada. Ah e tal, freguesia da Candelária. Mudança de destino, portanto. Pó e mais pó. "Homem ao volante, rallye constante" (acabadinha de inventar) - mas estou a exagerar; foi só um peão, até porque estava uma criança a bordo. Mesmo com as janelas da viatura móvel fechadinhas, o ar ambiente transformou-se em poeira, sabe-se lá vinda de que orifício da viatura. Desejaria eu ter levado comigo uma máscara; é que dava mesmo jeito. Ah e tal parar numa curva da canada, espécie de miradouro. Íngreme com'um raio! Lá em baixo avistava-se o mar e rochas e mais rochas, grandes (se de cima eram grandes, no local revelaram ser autenticamente gigantes). Ah e tal vamos ficar por aqui e descer isto para tomar um banhinho no calhau. Começa a aventura da descida. Jeitinho para trajectos como este não é comigo! Decididamente os meus pézinhos não foram abençoados para andarem em trilhos desta natureza. Até me causa uma certa taquicárdia. E medo. Muito medo. Basta um passo em falso para escorregar e resvalar por ali fora. A minha posição preferida para descidas com terra, rochas, pedras e vegetação é mesmo aquela de rabiosque para baixo, com posição quase de sentada, mãos sobre o solo, já que em caso de queda estou minimamente protegia pelo airbag da minha bundinha. Ah e tal a meio do trajecto "socorro, deixei cair uma chinela entre rochas a baixo". Não fosse estar presente a minha mana radical, a chinela teria lá ficado para todo o sempre que eu cá não sou gaja para arriscar ainda mais a minha vidinha por causa de uma chinela. Se me oferecem ajuda, "opa, é melhor não, senão escorrego eu, escorregas tu, logo escorregamos nós". Ao que uma gaja se submete e o que sofre para apanhar sol e dar um dive. E olhos sempre abertos em direcção ao mar que nunca se sabe se pode aparecer um tsunami! Finalmente chegámos ao destino. Ufa, já não era sem tempo. E segue para um mergulho. Um só que o percurso até lá também é complicado e sujeitamo-nos novamente a escorregar por ali a baixo, com direito a um bate-cu, graças ao ilustre Sr. musgo. O resto do tempo de estada maioritariamente sentada e quietinha com a bunda na rocha para ver se fica um pouco dura. Fui muito bem enganadinha, ah pois fui! Se soubesse o que me reservava esta tarde, teria tomado um xanax antes de sair de casa e colocaria no "saco de praia", capacete, caneleiras, cotoveleiras e chinelas fechadas atrás, em prol de maior protecção. Mas pronto, valeu a pena, nem que seja pela adrenalina e por adicionar mais um local de visita no rol dos destinos. Há quem diga que devemos fazer algo de arriscado de vez em quando. Este episódio para mim já valeu pelos próximos tempos! No regresso chegou tudo sã e salvo. Como se quer.
Fotografia tirada lá em baixo (para cima).


E com um saco com lapinhas, também.

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