quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ok. Ok. Nada de pânico. Foi só um susto pequenino. 25 minutos presas no interior do elevador, pouco antes das dez horas da noite. Eu e a minha sobrinha com 8 anos. Tadinha. Tão pequerrucha e já a ter de enfrentar desventuras destas. E lá dentro resmunga e resmunga. E está calor. E está escuro. “Oh, já vou a ficar com sono para ver o DVD”, lamenta ela. Não há rede de telemóvel! O que vale é que podemos realizar uma chamada directa para a linha assistência aos elevadores, via intercomunicador. Modernices (das boas). Após o pedido SOS, foi só esperar...
São quase onze da noite. Eu com o portátil ao colo, no sofá. A minha hóspede aqui ao lado a ver “Barbie Mariposa e as suas amigas fadas-borboletas”. Compenetradíssima. Pergunto-lhe se quer um rebuçado, ela nem responde. Aliás, quando raramente fala é para comentar as cenas do filme (como se eu estivesse absolutamente atenta) “ai, agora assustei-me”, “como é que eles não se alimentam dela?”, “eu queria ver se todos acordassem, como ia ser…”, ou alguma falha técnica no filme “as pessoas riscam os cds.” E eu “pois, temos de ir reclamar”. E ela: “Já temos de ir fazer duas reclamações amanhã: uma à empresa do condomínio; outra ao clube de vídeo, mas não é para falar com as máquina*, é mesmo com algum senhor”.
Moral da história do filme: no final a Barbie Mariposa descobre que a mais bela coisa que tu podes fazer é seres tu próprio. Vi um bocadinho mais atenta a parte final e é muito bonita. Ora bem, um filme de animação infantil que recomendo (a qualquer faixa etária), pela intemporalidade que carrega.
Cinco para a meia-noite: o filme acabou. E ela quer vê-lo de novo. Agora!
Três para a meia-noite: afinal, está entretida nas diversões que vêm no DVD, a escolher vestidos de baile para as fadas.
Meia-noite e picos: decide começar a rever o filme. A estas horas já devia estar a dormir, não acham??? (terá sido do susto do elevador…?)
Meia-noite e vinte e dois minutos: já dorme.

*o vídeo clube é self-service

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