domingo, 26 de julho de 2009

Era desta que ia baloiçando para outros lados... Acho que ainda não me recompus do susto de há pouco. Destino: Rua do Alecrim. Objectivo: fazer a boa das boas acções do dia (finalmente entregar um trabalho da PG, via caixa do correio).... até que um palerma de um automobilista se atravessou velozmente em plena curva, na diagonal. Se eu não tivesse comido espinafres ao almoço, o meu pezinho de Popeye não teria sido tão bruto com o pedal do travão e era desta que ia baloiçar para outro lado! E a minha viatura móvel, na melhor das hipóteses, iria ficar temporariamente internada. Isto no cenário mais optimista. Travão a fundo. Até guinchou. Senti que estive em 2 ou 3 zigue-zagues até conseguir parar por completo, e sem bater em nenhum vizinho dos lados. E o palerma, sempre pra frente que é caminho e estou com pressa! Viola o código da estrada (se é que ele conhece esse código), põe em risco a segurança dos outros e continua a dar-lhe de frosques. Depois do stop final, acho que ainda devo ter ficado uns 3 minutos sem reacção, simplesmente parada a engolir ar quente. Ai se o gajo me tivesse parado e posto o seu pezinho na rua, tinha levado uma pisadela no seu dedo mindinho com os saltos altos mais agulhas que tenho!
... ”Chegou ao seu destino”, diz o GPS. Viatura móvel estacionada. Amontoado de gente no perímetro da zona, sobretudo na rua perpendicular à do Alecrim. Manifestação ou lá o que era. Um carro da PSP virado pró lado no meio da rua. Muita gente. Mas pelos vistos, os manifestantes estavam a fazer intervalo, porque da primeira vez que vi a cena estavam calmamente abancados no passeio, sem fazer aquele barulho típico. Polícias por todo o lado. Era mesmo o que precisava para me acalmar. Perguntei a uma senhora: o que se passa aqui? “Manifestação. Olhe, por mais que os manifestantes tenham razão eu não acho justo que façam aquilo aos carros dos polícias”. Bom, lá deixei de ser curiosa e comecei na busca do número da porta. Andei e cirandei pra cima e pra baixo. O número que procurava parecia ser um dos todos tapados para obras. Dou uma voltinha pela zona. Chegou-me ao pé de um polícia para pedir ajuda. Ele blá blá, "a rua e tal, ah se está tapado é porque está em obras, pois, não sei, mas a rua do Alecrim é mesmo aquela”, mas sempre muito simpático. Até que lhe pergunto: mas que manifestação é esta?” e ele “É uma gravação para uma novela”... (assim é que começam os boatos como o daquela senhora que já pensava que a cena era toda real e que aqueles manifestantes tinham feito coisas injustas). E eu, “Ah então estas pessoas todas aqui à volta são figurantes. E ele “Sim… e eu também. Eu não sou polícia”. Ahhh, bem que podia já ter dito mais cedo...(daí aquela simpatia toda me estranhar). E pronto, depois disto tudo, conversa via bichinho móvel com uma colega, que me diz que não é o numero X, mas sim o Y. Claro, depois tamanho susto, qualquer pessoa fica tontinha e troca os números!

No regresso, fotografei:

Bem amassado ficou o envelope do trabalho na caixa do correio. Não eu, nem a minha viatura móvel. É o que se quer.

1 baloiçaram:

Unknown disse...

Pelos vistos faz-se TV a sério em Portugal, com carros virados e tudo! lol.. Imagino-te a aterrares no meio da cena, sensação de Twilight zone.. lindo!:)

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